O Estadão, apelido de “O Estado de São Paulo”, assim, no aumentativo, esta aí para mostrar a grandeza do periódico. O jornal nasceu em 4 de janeiro 1875 sob o nome “A Província de São Paulo” com o objetivo de salvaguardar os interesses republicanos.
Nos seus primórdios fora campeão de vendas avulsas. Essas vendas, aliás, eram alavancadas pelo imigrante francês, Bernard Gregoire.
Gregoire montava num burro e saía distribuindo o jornal pela cidade. Esse francês foi tão importante para o Estadão que, até hoje, sua insígnia faz parte do logotipo do grupo (veja ícone ao lado).
Quinze anos depois de sua origem, o jornal “A Província de São Paulo” passa a se chamar “O Estado de São Paulo”. Era a época da derrocada final da Monarquia.
Em 1902, o redator Júlio Mesquita, que trabalhava no periódico desde 1885, torna-se o único proprietário do Estadão. Desde então a família mesquita coordena todas as ações do periódico.
Ao longo de sua história, o jornal Estadão não foi nada imparcial quando o assunto era política. Veja alguns dos momentos em que o periódico tomou partido:
- 1909 – Apoia a candidatura de Ruy Barbosa à presidência da República;
- 1926 – Apoia a fundação do Partido Democrático, em São Paulo;
- 1930 – Apoia a “Aliança Liberal” e a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República;
- 1932 – O jornal é um dos articuladores da Revolução Constitucionalista;
- 1964 – Apoia o movimento militar que depõe o presidente João Goulart. Tempos depois, o Estadão retiraria seu apoio e em 1968 seria impedido de circular.
Assim como todos os demais grandes jornais do Brasil e do Mundo, o Estadão assimilou a internet. Em 2000, o jornal fundiu os sites das outras alas do grupo, diga-se a “Agência Estado” e o “Jornal da Tarde”, num único portal chamado desde então de “Estadao.com.br”.
A tiragem do Estadão ao longo do tempo
Veja a seguir uma pequena lista com amostras da tiragem do jornal Estadão ao longo da história:
- 1875 – Tiragem de pouco mais de 2 mil exemplares;
- 1888 – Tiragem de pouco mais de 4 mil exemplares;
- 1890 – Tiragem de pouco mais de 8 mil exemplares;
- 1896 – Tiragem de pouco mais de 9 mil exemplares;
- 1897 – Tiragem de pouco mais de 18 mil exemplares, em decorrência da Guerra de Canudos coberta por Euclides da Cunha;
- 1930 – Tiragem de pouco mais de 100 mil exemplares;
- 1967 – Tiragem de pouco mais de 340 mil exemplares;
- 2002 - Tiragem de pouco mais de 260 mil exemplares
- 2003 - Tiragem de pouco mais de 240 mil exemplares
- 2004 - Tiragem de pouco mais de 230 mil exemplares;
- 2005 - Tiragem de pouco mais de 230 mil exemplares;
- 2006 – Tiragem de pouco mais de 230 mil exemplares;
- 2007 – Tiragem de pouco mais de 240 mil exemplares;
- 2008 – Tiragem de pouco mais de 245 mil exemplares;
- 2009 – Tiragem de pouco mais de 213 mil exemplares;
- 2010 – Tiragem de pouco mais de 500 mil exemplares na ocasião do lançamento no novo projeto gráfico do jornal. No restante do ano, porém, o periódico não ultrapassou a marca dos 200 mil exemplares.
Fontes: Instituto Verificador de Circulação e O Estado de São Paulo
Hoje, dia 18 de janeiro de 2011, marca o 536º dia de censura ao Estadão. O jornal está impedido de publicar notícias sobre a “Operação Boi Barriga”.
O fato é que, há mais de um século em ação, o Estadão acompanhou de perto todo o crescimento da cidade de São Paulo e hoje é, sem dúvida, um dos jornais mais importantes e tradicionais do Brasil e do Mundo.
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